Da Minha Saia

Esta página foi aberta para reunir os textos produzidos por Gilda Kley a partir de algumas de minhas postagens. Os comentários dela sobre o Blog foram se transformando ao longo do tempo. De textos apreciativos, com poucas linhas, passaram a releituras sofisticadas, entremeando as ideias dela às minhas, e criando novos e bem humorados contextos. O batismo da página veio de uma ótima figura de linguagem que Tia Gilda usou para me explicar como ela se sentia nesse exercício de escrita compartilhada:

“Descobri Na Primeira Pessoa uma leitura interessante para cada momento, fico entusiasmada e acabo escrevendo também, é um exercício relaxante, fantástico, me faz bem! Eu não sou blogueira, estou blogueira!!! Agarro na sua saia e vou junto, igual criança com medo de perder a mãe.”


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Sobre o post Você já foi à Bahia?
Você já foi à Bahia?
12/12/2021
A pergunta que andou circulando no Blog esta semana me fez recordar minha infância, uma daquelas situações que ficam registradas e lembradas para sempre. Minha irmã, Célia, tocava piano e, de tempos em tempos, minha Mãe chamava o afinador, Seu Josafá, para revisar cada nota do instrumento, deixando tudo nos trinques. Afinal ter filha pianista era coisa rara e um deslumbre total! Bem diferente da caçulinha, no caso eu, tida como extremamente levada, aprontando aqui e ali...

Numa dessas idas do Seu Josafá à Fazenda para cuidar do piano fantástico da minha irmã, eu me grudei com o moço, mas não nos afinamos muito bem. Pura implicância dele, podem crer! Eu queria saber tudo o que ele fazia e dar meus palpites: “apertou ali, por quê?”; “tocou na tecla branca e não tem que tocar na preta, não?”; “ih, assim vai arrebentar a corda!”

Eu não entendia a falta de paciência dele comigo e o coitado, não aguentando mais tanta pressão, me perguntou na bucha: “Você já foi a Bahia?” Me lembro de ter saído num pé, pra saber da minha Mãe a resposta, e voltado no outro, toda alegrinha: “Seu Josafá, eu não fui à Bahia!” Ele nem pestanejou e completou zangado: “Então vá!!!”

Foi quando apareceu a minha Mãe, muito séria, dando aquela ordem super direta: “Faça o favor de sair daí e deixar o senhor trabalhar em paz!” Deve ter sido o momento de glória para o atormentado senhor, embora eu nunca mais o tenha visto de volta por lá.

Bem, agora vocês já sabem que eu nunca fui à Bahia, mas, em compensação, eu tenho uma irmã genial que toca piano. Em matéria de cavalos, ela é um zero à esquerda, como eu sou para o piano. Na verdade, isso eu considero uma diferença estrutural, concordam comigo?

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Sobre o post O Quarto das Tias
As Tias da Fazenda
30/04/2020
Minha infância na Fazenda foi ímpar! Eu estava sempre aprontando e minha Mãe não tinha o mínimo jogo de cintura com a filha tão levada. Os castigos eram frequentes. As Tias, irmãs de meu Pai que também moravam conosco, sempre foram agarradas comigo e eram meu “Porto Seguro”, sem fiança, é claro, e ainda me davam cobertura total! Quando o tempo fechava com Mamãe, eu corria para o meu refúgio: o quarto das Tias, me aninhava lá, bem entre as duas até a tempestade passar. Com o sinal verde dado por elas, era hora de sair e enfrentar a Fera! 

Além disso, eu me deliciava por estar naquele quarto, adorava xeretar os guardados de coisas incríveis, de colônias cheirosíssimas a meias soquetes. Os primos mais velhos também vinham se aboletar junto às Tias. Eles, como eu, gostavam de ouvi-las contar casos de quando eram jovens, dos passeios às outras fazendas e das festas das redondezas. Elas eram espirituosas e alegres, e nós ficávamos ali perdidos no tempo, ansiosos por saber como tudo tinha se passado naquela época.

As histórias que eu mais gostava eram sobre festas e amores, temperadas com uma pitada de malícia. Tinha a do Seu Armando Pinto que, convidado a dançar num forró muito animado, teve a seguinte conversa com a mocinha que o abordou:
- Seu Pinto dança?, perguntou ela.
- Não, só balança!, respondeu o rapaz.
As tias caíam na gargalhada ao recordar a situação. O bordão Só Balança entrou para o folclore familiar, repetido em muitas outras oportunidades.

E lembro também da história sobre o Amâncio, um rapaz namorador que, no inverno, usava uma capa comprida que ia até os pés, pesada, feita de lã de carneiro. Em dias bem frios, quando a festa já rolava solta, ele abria sua capa e abraçava a escolhida, ficando os dois perdidos dentro daquele quentinho. E bota quentinho nisso! As tias confessavam, rindo, que invejavam as namoradas do Amâncio e que também queriam ter experimentado o abraço do homem da capa. 

Hoje lembro com saudades do quarto das Tias, de como era bom escutar histórias surreais e ainda achar graça daquele tempo incrível que ficou pra trás!

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Sobre o post Interioranas
Memórias
23/04/2020
Desembarquei na Estação das Letras e fui até à Oficina de Memórias. Lá estando, troquei o meu antigo PC (Ponto Crítico de recordações) pelo moderninho MAC (Máximo Alcance de Capacidade de lembranças). Reativei, no ato, fatos arquivados da minha meninice e parti pra prosa-poética. Quer conferir? 
Bode Cheiroso
Andar na carrocinha do Bode Cheiroso era o maior divertimento, mas o cheiro do bicho era insuportável! A fila da molecada era grande. O odor do bicho não alterava em nada a disposição da garotada que se mantinha de pé fincado naquela invenção. Queriam ficar ali para sempre, num vai e vem sem fim! Eu me recordo do tempo quente que os adultos faziam com meu Pai: “Esse bode fede muito, precisa de um banho.” E meu Pai retrucava numa boa: “Ele não gosta de tomar banho, fica muito bravo, vira uma fera e ninguém segura esse danado! 

No dia seguinte, a criançada toda estava rente como um pão quente na fila, aguardando novamente a chegada do Bode Cheiroso. O bichinho mandava bem na sua audiência, pelos meus cálculos diria que quase colado com a Live da Marília Mendonça!!!

Terezona
As férias eram o maior barato, uma turma enorme de meninos e meninas que se divertiam a valer. Além das paqueras escondidas dos pais, nós fazíamos milhões de sapequices e, não satisfeitos, achávamos alguém para ser o Cristo daquela temporada, geralmente o mais chato ou mais cricri. A mais cotada pro papel sempre foi a Terezona, regulava comigo em idade, só que seu tamanho dava de dez a zero no meu! Tenho pra mim que ela já nasceu gigante, e no parto deu o maior trabalho para os médicos.

Ela era uma peça rara, bem extravagante na maneira de se vestir e desajeitada em qualquer brincadeira. Minha Mãe e a mãe da Terezona eram muito amigas, e minha fama de ser implicante com a pobre menina me deixava na maior rabuda! Caí na maior cilada, Mamãe não foi nada benevolente comigo, me intimou a ajudar e defender a Terezona. Olha só que castigo! A dita cuja era sem noção de verde e amarelo, um belo dia veio me dizer que eu pegava emprestadas as roupas dela só para fazer média com os meninos. Como assim, guria? As blusas da Terezona virariam vestidos longos no meu corpo e seus brincos de argolas me serviriam como boias de braço. Acorda, Terezona, deixa de graça que você não é Ave Maria! 

E aí, gostou? Você já deve saber que prosa é comigo mesmo. Agora, Bode Cheiroso e Terezona em forma poética é uma peleja difícil, é quase como escalar o Evereste!!!

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Sobre o post Enclausurado
Prodígio da Bolha D'Água
17/04/2020
Ai, meu coração! A menina prodígio enclausurada naquela bolha d’água, ou melhor na barriga da Mãe, era minha sobrinha! Descobri que, quando ainda bem miudinha, brincava de ser um submarino, periscopando tudo que acontecia fora daquele mar revolto. Seu periscópio era uma arma poderosa, com ele ouvia conversas, espiava quantos lances de escada faltavam para chegar em casa, e até esmiuçava as comidas do Avô que eram malocadas dentro do armário dele. 

Ela achava o mundo lá de fora meio estranho, foi quando escutou a Mãe dizer que queria se mudar daquela casa. Ir para onde e por quê? Chegou a pensar que o motivo era que estava gorda demais e a barriga da mamãe tão estufada que não cabia mais naquele apartamento minúsculo, seria isso? Seu desassossego melhorou quando ouviu o Pai comentar que tinha elevador e um quarto para o bebê na nova casa. Ficou tão radiante, queria poder fazer peripécias pra lá e pra cá, mas já estava meia gordochinha e não deu muito certo. Aquela bolha apertada causava um desconforto total, precisava se deslocar também. E não via a hora do seu submarino emergir, botar a cabeça de fora e, afinal, saber que mundo estranho era esse, entender o burburinho de gente falando ao mesmo tempo, numa confusão só. 

Chegou o grande dia, a menina prodígio veio à tona, rechonchudinha, mas lépida e fagueira. E tem mais, ela chegou no mesmo dia do aniversário de quinze anos da Titia, este foi o meu melhor presente! Pra quem é curioso, fica fácil matar a charada e saber as idades, quinze pra mais ou quinze pra menos... Bingo! Acertou na mosca! Agora fique na encolha, divulgar idade não é politicamente correto! Nem um pouco!

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Sobre o post Joaquin
Cartada Final
16/02/2020
O recinto está repleto, todos estão atentos. Não se trata de um cassino, embora haja regras naquele jogo. Cartas embaralhadas estão prestes a serem distribuídas, premiando os melhores jogadores, cada um na sua respectiva categoria. Ali sentado, Joaquin observa tudo. O que estaria pensando? O que ocuparia a sua mente depois de ter interpretado um palhaço decadente e rejeitado pela sociedade, que ria e dançava para camuflar seu grau de loucura? O desespero da luta constante com sua mãe fazia o palhaço correr de tudo e de todos, mas para onde? Fugir para poder dançar, no banheiro ou na escadaria, liberar o que há de mais sensível dentro de si. Era assim, soltando a sua arte, que se sentia melhor. 

O jogo continua naquele palco, o sobe e desce de reis e damas consagrados não abalam Joaquin. No carteado final, sente-se a tensão no ar. As sequências e as trincas estão formadas para a definição da rodada, faltando a última carta a ser tirada do baralho. Eis que surge o Coringa, saca sua arma e, com tiros certeiros em seus companheiros de disputa, completa a canastra de ouros e vence a partida! Ah, Joaquin! Corra, dance e gargalhe à vontade, a noite é sua, você foi o melhor! Aqui neste jogo o Coringa foi reconhecido e venceu!
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Sobre o post Metodologia

Bola na Rede
24/01/2020
Não se preocupe se o Blog Na Primeira Pessoa estiver meio quieto, nada mais é que um prenúncio de escritas alinhavadas e definidas para um belo texto de “fino trato”, que ganhará sem dúvida seu lugar ao sol! O porquê das paradinhas constantes de Madrinha, adiando o início da produção do seu trabalho, era um segredo que estava guardado, e só agora revelado. 

O ir e vir, o senta e levanta até chegar às vias de fato da redação foi para mim uma surpresa. Sempre achei que as “Fadas Madrinhas” resolviam qualquer negócio com um clicar de dedos! Minha Madrinha esclarece, porém, que com ela isto não funciona. O que vale é um tempo de espera para maturar seus pensamentos e nortear os rumos de escrever seus textos. 

Trocando em miúdos, para ela escrever é trabalho pesado, mas não corre da raia! Finalmente chega a hora de sentar, enfrentar o teclado e manda ver digitando sua obra. Faz gol de “letras”, balança a rede e, simples assim, ganha o campeonato!

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Sobre o post As Oliveiras
Monte das Oliveiras
15/07/2019
Nem pensar em ser diferente, as oliveiras imprimem aquele ar forte, mas deixam passar uma tranquilidade um tanto o quanto venerada, levando você a contemplá-las com olhar generoso e de afeto. Quem sabe por terem participado tão de perto, lá no Monte das Oliveiras, das orações de Jesus em conversa privativa com Deus... São árvores que, se cortadas ou queimadas, brotam novamente das suas raízes profundas, um símbolo de perseverança total, sendo até consideradas, em algumas culturas, uma árvore sagrada!

As oliveiras se espalharam pelo mundo e colaboram bastante para o glamour dos chefes de cozinha fazerem bonito nos requintados pratos com suas azeitonas e azeites maravilhosos. Elas não param aí, desfilam em célebres museus, se expondo nas diferentes formas nos quadros pintados por Van Gogh. Foi ele quem transformou a oliveira em uma de suas musas prediletas numa das épocas mais conturbadas de sua vida. Tanto na França como na Espanha, as oliveiras adornam algumas cidades com suas mais variadas formas de ser, deixando pairar aquele clima bucólico ideal para se viver. 

Não poupando atributos, esta árvore bondosa abre uma janela natural dentro do quadro de “nomes”, fazendo brotar uma verdadeira plantação de “sobrenomes Oliveira”, que se multiplicam ao longo de muitas vidas!

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Sobre o post Duas Viagens

Prato do Dia: Dobradinha
27/06/2019
Os meninos viajantes desta vez escolheram um cardápio especial e bem diferenciado: dobradinha completa. Nossa, foi demais e só deu certo, apesar da respiração ter ficado meio ofegante por causa de um mix de emoção e altitude na chegada ao Atacama. Nesta viagem pelo deserto, a natureza, por si só, se faz tão presente que a civilização passou de mansinho, não se aconchegou como deveria. A vegetação baixa e as pedras, aglomeradas e empilhadas com uma certa altura, apontam uma aridez sem fim, sendo quebrada, no entanto, quando salpicadas por lagoas espelhadas, refletindo a majestade de algum vulcão ali plantado. 

Os dias se passaram rapidamente, voltar para casa é sempre bom, melhor ainda é refazer as malas e novamente cruzar o céu, aterrissar do outro lado do continente, e chegar à Espanha. Trocar os vulcões por palácios cheios de histórias para se vivenciar, o local ideal, tão sonhado que acabou desabrochando na primavera, como Madrinha sempre sonhou visitar! 

Não contentes, os viajantes seguiram rumo ao sul da França, encontraram lembranças de Van Gogh, os perfumados campos de lavanda e conheceram o primeiro Grimaldi a reinar no passado, em Mônaco, com mais de 700 anos. É ir fundo na história, sem contar que Paris ficou para o final com tudo que tinham de direito. Daí, restou voltar para casa, com a certeza que essa dobradinha foi um prato feito, que os meninos souberam muito bem saborear, e ficar com aquele gostinho de quero mais!

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Sobre o post Outra Vez?!
A Incompetência Outra Vez

29/01/2019
Não houve nem um grito de salve-se quem puder, pois a sirene foi a primeira a ser engolida pelos rejeitos de minério de ferro da barragem rompida. A lama arrastou tudo que havia pela frente: pessoas, casas, árvores e animais, num desastre ambiental de grande escala. Reina uma tristeza pelos que se foram sem terem tido a chance de pelo menos lutar, correr ou procurar abrigo em lugares seguros. 

Não foi a primeira vez que isto aconteceu. Onde anda a fiscalização? Quem são os responsáveis pelo sucedido? O descaso parece morar bem ao nosso ao lado, como a lama da incompetência humana de uma empresa como da Vale do Rio Doce. Para os que ficam, resta a indignação de tanta negligência também por parte das autoridades, que nunca conseguirão repor as vidas perdidas. 

Para os que estiveram hospedados na Pousada Nova Estância, em algum tempo não muito longe, fica a lembrança de momentos interessantes e divertidos, junto aos habitantes do Córrego do Feijão. Para rever tudo isto que se foi, resta um único conforto, o registro de fotos e nada mais.

Que tenham juízo os dirigentes de todas as empresas com barragens acumuladoras de detritos, medindo e avaliando a cada minuto a sustentação delas para que não ocorram catástrofes semelhantes, outra vez!

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Sobre o post A Vida Privada das Árvores
Amigas Para Sempre
28/12/2018
Cássia e Amendoeira continuavam naquele trelelê todo, não se topavam muito, mas, aos poucos, despontou uma amizade de fininho, e a situação ficou mais sustentável e cordial. Foi quando Carvalho se pavoneou, com sua imponência bem transada, encorpada com trancos bem definidos, naquela pose de quem saiu da academia, faturando um “estou com tudo em cima, não há quem passe e não me olhe”! De tão robusta que era, poderia abraçar Cássia sem fazer muito esforço, mas será que Amendoeira não ficaria com um tiquinho de dor de cotovelo? Carvalho também queria fazer parte daquela amizade, mas a chance era zero! Estava plantada um pouco mais a frente, não muito longe, bem no meio da calçada, fechando um triângulo com as duas primeiras. Muito solta e majestosa, com seu jeito de ser, Carvalho deixava as vizinhas com um mindinho de inveja, o que era fácil perceber. 

Carvalho dava tratos à bola, como ficar de “boa” com as meninas. Chegou à conclusão de que nada era por acaso, chegaria o momento certo e, aí sim, seria o pulo do gato, não perderia a oportunidade. Sabia que, na vida, nada como um dia atrás do outro e uma noite escura no meio! 

Era verão e muito calor, um dia pra ninguém botar defeito! Sem que percebessem, o tempo virou, as nuvens se fizeram escuras e veio um vendaval feroz. Carvalho logo entendeu que Cássia, tão fina e esguia, e Amendoeira, meio acachapada, seriam machucadas pela ventania. Então, Carvalho, com sua força e grandeza por ser a mais frondosa, embarreirou o vento até a calmaria chegar. Foi aí que Cássia e Amendoeira perceberam: Carvalho era a “mulher maravilha” da vida delas e salvara as duas de um grande desastre. 

E assim, as três passaram a viver no triangulo da paz. Agora, são muito mais que meras amigas, são amigas para sempre!

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Sobre o post Um dia um caminhão atropelou a paixão
Resenha da Resenha

03/12/2018
O Blog andava cambeta com a ausência de Madrinha. Fiquei feliz quando li sua mensagem, “voltei”, e a todo vapor! Atacou de repente com aquela resenha de dois romances de Zambra. E lá vou eu meio que resenhando também. Resenha literária não combina comigo. Dos livros, muitas vezes, leio somente as orelhas, é muito pouco pra fazer uma feijoada literária! 

Escrever é coisa engraçada, cada um cria a sua técnica, seguindo ou não as regras recomendadas. O importante é deixar o leitor intrigado, preso ao texto até o final, assim é que tá valendo! 

E quando o título do livro nada tem a ver com o conteúdo, só faz figuração? Não é passar gato por lebre? No comentário de Madrinha, a vida privada das árvores foi para escanteio, e o romance do escritor chileno seguiu outro rumo na linha de ataque. O que eu mais gostei “Na Primeira Pessoa” é que ela cogitou inventar um conto, quem sabe sobre “O Carvalho, A Árvore das Árvores”. Só não pode, por favor, um caminhão atropelar esta ideia!

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Sobre o Processo de Escrita
Os Três Mosqueteiros
09/08/2018
Para muita gente, quando a noite chega, tudo fica pior: medo, dor, falta de alguém. Parece um Gigante que vem sorrateiro, imprimindo suas marcas durante a madrugada até o dia clarear. Mas meu Gigante é diferente, é meu brother. Estava adormecido, acordou sem perceber o que acontecia. Gentil, foi me fazendo escrever, no inicio bem devagar, tomando pé da situação. Gradativamente, deu ritmo mais acelerado, de corrida, olhando sempre para frente, querendo sempre mais! 

Gigante tem um cúmplice, Vaga-lume. Com sua luz de pisca-pisca, chega logo em seguida e me sinaliza que é hora de escrever; não posso perder o momento, levanto da cama e mãos à obra. Meu fuso horário é diferente, durmo pouco e trabalho muito, sempre foi assim, bem tranquilo a meu ver. A cada madrugada, uma história diferente flui com facilidade. Gigante, Vaga-lume e eu somos partidários de que “a noite é uma criança, é brinquedo de gente grande”! Sou empurrada a exercitar toda a minha inteligência para chegar a um contexto final primoroso, divertido e cheio de boas intenções, agradando a gregos e troianos.

Amanhece, Gigante e Vaga-lume se escondem cansados, quem sabe por terem estado ali dando força ao meu trabalho. O dia se faz cheio de compromissos, um corre-corre, fico pensando qual o tema da próxima história, nada me vem à cabeça. De repente, o pisca-pisca dá sinal, é Vaga-lume! Surge uma ideia beleza do nada que vou, aos poucos, amadurecendo. Ao cair da noite, Gigante chega para, mais uma vez, encher de alento meus simples textos, brinco de ser escritora. De mãos dadas com Gigante, e sempre atenta ao pisca-pisca de Vaga-lume, sigo em frente, rumo a um novo episódio. Nós juntos, os Três Mosqueteiros, somos mais que aliados, somos um verdadeiro exército lutando por uma causa nobre, que é Escrever.
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Sobre o post ZDP
Pororoca
06/08/2018
O pulo do gato foi encontrar Madrinha na Zona DP - o DP não quer dizer Departamento de Polícia, relaxe, é “Desenvolvimento Proximal”! Trocando em miúdos, nada mais que uma bela Pororoca, onde um marzão cheio de conhecimentos abraça e acolhe aquele rio, num efeito único de ondas gigantes, cheias de ensinamentos. É a primeira aula do rio aprendiz, com suas águas doces, percebendo que a presença do outro se torna um importante mediador, abrindo caminhos novos para que tudo seja mais fácil, fluindo naturalmente no fenômeno do encontro das duas correntes. ZDP é simples assim! Não dá pra imaginar o que Vygotsky acharia vendo sua teoria, do tal conceito ZDP, comparada a uma tremenda Pororoca! Com certeza infartaria! 

ZDP não para aí. As dicas do Marcelo são mais que um GPS, valiosas pro conforto e felicidade do casal viajante, facilitando a descoberta de Londres a pé. Encontraram lugares ótimos com comidinha diferenciada e preço bacana, ouviram boa música e fuçaram a cidade nos seus mínimos detalhes. 

Ângela e John, partes integrantes do “Desenvolvimento Proximal”, ciceronearam a dupla pelos arredores de Oxford. De lá, pegaram o rumo em direção à Escócia, onde John, o escocês, dá as cartas. Cada dia uma função nova, dentre tantas, para exercitar; uma delas foi abastecer a lareira e a outra cozinhar a oito mãos, dividindo e colaborando com as tarefas do cotidiano. Os dois itinerantes perceberam que viajar com companheiros tão competentes é gratificante e muito mais proveitoso.

Madrinha relembra e testa tudo aquilo que aprendeu no Mestrado nos seus anos de PUC, concluindo que a teoria do ZDP funciona em perfeição, principalmente para quem gosta de viajar!

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Sobre o post Elegância Verde
Verde Que Te Quero Verde
06/07/2018
Como Londres é verde!, sim dos pés à cabeça, tal qual sua Majestade no último casamento da família real! Era um verde escancarado, não foi preciso ir aos parques para notar. Isto não invalida o degradê do verde no Regent´s Park, onde circular pelas trilhas a beira do lago, enfeitado por peixes e aves, fica mais prazeroso! Os jardins floridos se encaixam perfeitamente uns dentro dos outros, lembrando uma boneca Matrioska. Quer melhor comparação? Cai como uma luva! 

St. James Park, cercado de palácios, deve se achar um pouco mais nobre que qualquer outro! E ainda leva de quebra uma ponte de onde os visitantes observam uma panorâmica deslumbrante do parque. Que elegância tem o verde da Inglaterra! Ângela, que mora lá, lembrou que isto só acontece no verão e, com o fim do inverno, Londres prefere dar férias coletivas para os tons de marrom e cinza, amenizando a paisagem com muito verde para compensar. Quem não tem cão, caça com gato - sem praia a turma aproveita e se estica sem cerimônia no gramado de Holland Park, pegam aquele solzinho para enfrentar as sombrias estações que estão por vir. Kensington Gardens, dentre todos é o mais procurado. Poder contemplar o memorial à princesa Diana é um must. Londres transpira verde,verde é tudo! No Brasil, AGRO é tudo!, só fazendo média pra não ficar por baixo! 

Sair de Londres em direção ao centro da ilha é encontrar o mesmo verde, agora salpicado de branco, amarelo e um mix de todas as cores das flores silvestres, de um requinte a toda prova, para todos que vierem visitar! O mordomo Stevens, desta vez, não foi o vilão! Ele próprio foi quem idolatrou a perfeita beleza e elegância da natureza no seu país, a Inglaterra. Culpado seria ele, o mordomo, se não o fizesse! As paisagens da Escócia com seus vales infinitos, suas terras altas, mas nada de parecido aos Jardins Suspensos da Babilônia! Os vestígios daquele cenário escocês, deselegante e sem nenhuma calma, no mínimo, não estaria de acordo com o seu gosto, meu caro Stevens!
             
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Sobre o post Viagens e Histórias
Caminho Real
20/06/2018
Madrinha caiu na Real, transitando pelas terras aristocratas do Reino Unido, que está mil anos luz à frente da humanidade. Haja visto o casamento de Harry e Meghan, bem estilo United Colors of Benetton, belo tapa de pelica no mundo inteiro, não estando nem aí para o preconceito racial! Este foi o maior lance, uma jogada de craques da Corte Inglesa! Era de se esperar, foram eles que inventaram o Football, quer mais o quê? 

É lamentável que um simples chapéu tenha atrapalhado a celebração mais importante do ano. Quem manda colocar no Face o modelito que iria usar naquele dia, Sua Majestade copiou bonito! Madrinha, fez bem em não comparecer, Ela, sem dúvida, perderia o rebolado! 

O barato deve ter sido dirigir invertido! Como Madrinha não se habilitou a pilotar do lado errado, valeu como copiloto, deu tudo certo, apesar da sensação ter sido divertida e até cômica em certos momentos! Fantástico foi o sol que fez bonito, não se furtou de dar o ar da graça em nenhum momento! 

Estamos só dando uma palinha do que foi este trâmite pela Inglaterra e Escócia. Mário, como sempre, aquele arraso nas fotos, seja com celular ou sua super câmera! Não fiquem ansiosos, por favor, cautela é sempre bom na terra da contra mão! Voltaremos em breve com mais notícias para vocês!

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Sobre a página Da Minha Saia
Borbulhas de Felicidade
21/01/2018
Joguei âncora e aportei Na Primeira Pessoa, minha Madrinha Literária, que me deu linha e fez minha pipa voar com meus textos de principiante. Devo estar no caminho certo! Ganho outro empurrão, um espaço no Blog - Da Minha Saia - publicando as releituras que escrevi em cima das postagens dela, achei chique! Fez me sentir uma Veuve Clicquot da vida, estourando borbulhas de felicidade. 

Nunca pensei ser lançada para o mundo desta forma. Há quem diga: entrou nas redes sociais, está na boca do povo! Olha a responsabilidade que me meti, não posso correr da raia nem pagar mico de jeito nenhum. Tudo isto aguçou mais ainda meu sonho de consumo, coisa simples, ter aquela Cadeira na Academia (esqueça o fardão, não precisa), somente para escovar meu ego, está de bom tamanho! Vou trabalhar muito forte para isto, um pouco distante eu sei. Conto com Fada Madrinha para tentar conseguir pelo menos um chá naquela sala da Turma Papo Cabeça, entrar naquele clima já é um adianto!

Na Primeira PessoaDa Minha Saia, a dupla compartilhada, juntas e misturadas é bem bacana. Fique à vontade, se preferir tem voo solo, é só embarcar!


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Sobre o post Bye Bye, America
America - Ir e Vir
28/03/2018
Acabei de ter notícias dos meninos viajantes. Chegam à última etapa, finalizando o roteiro pelo United States of America (AMERICA para os íntimos), estão na corrida contra o tempo para fechar redondinho o planejado. Eu acho o maior barato viajar (visitar Nova Iguaçu já considero uma viagem, ou não é?). Sempre mandei bem no ir e vir, nada difere de agora, seguindo esta dupla inquieta. Rapidamente coloquei meu passaporte em dia, uso um método inteligente para o visto, tudo perfeito em instantes, não vou divulgar porque é só meu, segredo patenteado! Podem falar à vontade, sempre fui diferente, quadradinho de mesmice comigo não emplaca. Gosto de chegar meio que chegando, com discreta modéstia que me cabe, sempre! Sentiu firmeza? É isso aí, beleza pura, meu bem!

AMERICA deixou Na Primeira Pessoa uma leve confusão, mas foi salva pelo tão ilustre, emblemático e não menos controvertido poderoso chefão Super Trump. O Moço do Topete cheio de laquê dissipou qualquer dúvida entre as duas Americas! 

É chão rodar de carro os mil quilômetros restantes, mas, nas estradas que são um verdadeiro tapete vermelho, é puro deleite! Chegar a Charleston, cheia de recordações, teve seu momento. No Melvin’s, nada melhor que costeletas de porco com toque do molho BBQ, a única diferença da nossa aqui fica por conta do grunhido do porco ser em inglês, e nada mais... Será??? Atlanta foi o ponto alto para fechar o circuito e dar um Bye Bye, AMERICA, de leve.

Partir nos deixa sempre um gostinho de quero mais. Mesmo pra quem não é AMERICA da cabeça aos pés, cabe pedir: ¨God Bless, America¨, que seja breve o retorno.

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Sobre o post Gente da Serra (2)
Eternos Conhecidos
30/01/2018
Primeiro dia do ano novinho em folha, neste feriadão os meninos viajantes correm pelas estradas do interior, sobem e descem montanhas, ávidos por conhecerem lugares novos na Serra Capixaba. Munidos de anjos da guarda - aqueles lourinhos, olhinhos azuis, bochechas vermelhas e rechonchudas, vestindo camisolinhas, como se estivessem prontos para a Ceia de Natal. Pois é, esses mesmos, são os guardiães da dupla.
Em Pedra Azul, encontraram Tiago que os recebeu com a maior gentileza, mesmo com o Parque fechado. Dia seguinte, param no Sítio Brioschi, a porteira também estava fechada, mas Seu Clarindo e Dona Ana resgatam os dois. Tiveram todo o empenho de mostrar-lhes a lojinha com produtos fabricados pela família, como laticínios, defumados e até café gourmet! Tem ou não tem Anjo da Guarda na jogada? Claro que sim!
Não podiam deixar passar. Compraram produtos e ouviram sobre as dificuldades do sustento dos negócios no campo... Foi quando caiu a ficha e veio um turbilhão de emoções. Seu Clarindo lembrava, em tudo e por tudo, seu Avô Peixoto, e Dona Ana, as tias do Jatahy e São Romão. Só restou respirar fundo, não deixar a voz tremer ou tampouco perder controle da situação. Tudo muito parecido, vivido nos anos de Fazenda, sempre guardados lá no fundo do coração.
A vida é assim, um ir e vir sem pretensões, lugares e pessoas que se assemelham em alguns momentos de nossas vidas, e na hora da despedida, fica a sensação que todos somos Eternos Conhecidos! Pé na estrada, seguir viagem em busca de novas aventuras.

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Sobre o post Gente da Serra (1)
Moutains ou Serras
26/01/2018
Na Primeira Pessoa, mutante de carteirinha, está para Great Smoky Mountains, Tenessee, como para Serra Capixaba, terra do Patinho Feio, ultrapassando fronteiras mais rápido que telefonia móvel. Estou sempre alerta, qualquer escoteiro é fichinha pra mim. É uma temeridade pensar: se fico para trás,o Urso Negro me devora; se chego muito a frente deles na Serra, a Onça Ferroz me mata - que situação! Pelo menos eu seria lembrada da forma mais cinematográfica que conheço: ¨Nunca houve uma mulher como GILDA¨, empoderamento total!
Estradinha com sol forte? Nada de novidade, meu currículo consta vasta experiência neste sentido. Agora as mutucas, pra quem não conhece, são aquelas moscas “trans” que se vestem de marimbondos, mas não conseguem ser. De raiva atacam e mordem as pessoas, dá pra entender?
Meninos, subir tudo isto no dia 31 de dezembro e encontrar o Parque fechado não é mole! Se não for por um lado, vale pelo outro: conhecer Tiago, um cara carismático com ar teatral, contando causos e lendas sobre a colonização, como se verdades fossem. Um achado, a grande salvação. 
Fechar o ano em grande estilo no Parque de Pedra Azul não é para qualquer um, só não pode faltar ânimo para ir ladeira abaixo, com sol e mutucas, ter paciência, e esperar o novo ano que vai chegar!

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Sobre o post Great Smoky Mountains
30/12/2017
Esperei paciente, com olhos bem abertos Na Primeira Pessoa, sem saber ao certo onde ir.  Finalmente, sinais de fumaça, ou melhor de neblina, apontavam para “Great Smoky Mountains”!!!
Pensei, agora não posso me perder, os meninos estão com um carro possante, com alguns muitos cavalos de potência, subindo as montanhas, não terei tempo de alcançá-los. O que fazer? Tenho que mantê-los por perto e aproveitar cada minuto desta jornada.
Não tive dúvida, chamei Drone, meu Cavalo Alado. Não fazia zumbido de abelhas, não era teleguiado, nem tão pouco incomodaria os guardas florestais ou os animais da região.  Ecologicamente perfeito para o momento!
Ordenei: - Drone, siga aquele carro, não o perca de vista, eles estão indo montanha acima!!!
Perfeita cena de filme Hollywoodiano! Estaria eu mostrando naquele gesto todo o meu desejo de, um dia, figurar junto aos nomes Elvis, Marilyn e Wayne, na cidade de Pigeon Forge?  Seria a glória!!!!!
Montada naquela criatura maravilhosa, linda de viver, pude acompanhá-los do alto, observando todos os movimentos do trio viajante.
Escutei falar dos 1.500 ursos negros, habitantes de Great Smoky Mountains, infelizmente só um deu sinal de vida, assim mesmo foi difícil, se deixando ver só de raspão. Talvez, quem sabe, nas férias do verão, tenham ido curtir novos ares, em Big Bear Mountain, na Califórnia.
Drone e eu, seguidores ferozes, correndo atrás dos meninos, até que nos deparamos com Cades Cove, o vale mágico, aquele que tirou o fôlego de Ana Paula e encheu de felicidade seu coração! 
Cavalo e cavaleiro só valem se estiverem em sintonia perfeita, nós estávamos. Não precisou pedir, foi só pensar, Drone fez um pouso nas pastagens verdes daquele vale, que se misturavam ao fundo com um pôr do sol fascinante - um momento raro de paz e luz para acalentar a alma.
Para fechar com chave de ouro, eles desceram a estradinha em loop, curtindo casas e igrejas dos pioneiros, e nós, lá do alto, aproveitávamos os últimos momentos juntos, teríamos que nos separar, era o ponto final. Só me restava agradecer as horas mágicas vividas junto a Drone - na realidade seu verdadeiro nome era Pégaso... Mas, pouco importa, para mim continuaria a ser o eterno Drone, pois a imaginação é uma casa de brinquedos, onde você faz e desfaz a seu bel-prazer.

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Sobre o post Enfim, o Eclipse
26/11/2017
Os 40 minutos levados pelos meninos de Nashville a Gallatin é um tempo longo para mim pelo meu grau de ansiedade, então, devoro o texto rapidamente, queria saber de tudo tintim por tintim!
Era festa ao ar livre, celebrando as núpcias de dois astros. Recepcionistas, fotógrafos, música ao vivo para amenizar a espera dos noivos, tudo perfeito. Enfim, o Eclipse, casamento do ano, noivo Sol, poderoso, fervendo de paixão, se rende a romântica Lua, no seu vestido cor de prata, linda!
Faz tempo que o namoro existe, e neste dia de agosto, conseguem realizar o ato maior do casamento, Eclipse Total! Fundidos trazem a escuridão.  Os curiosos com suas lunetas possantes, tentam invadir a intimidade deste momento magnífico. Sol e Lua permanecem abraçados, numa só figura.  Lentos se desgrudam, voltam à rotina, cada um segue seu rumo.  Aplausos, foi  “O ESPETÁCULO”! Agora só resta recolher os pertences, ir embora, a festa acabou!!!

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Sobre o post Eu Choro Pelo Patinho Feio
22/11/2017
Ainda em Nashville, esperando novo texto com meu destino, pesquiso Na Primeira Pessoa. Encontro “Eu choro pelo Patinho Feio”. Quem seria? 
Resolvo ler, descubro que é o Espírito Santo, estado sem graça, sem o charme do Rio de Janeiro, sem o poderio de São Paulo e sem a cultura de Minas Gerais. Estava ali escrito o perfil do Patinho Feio.
O tempo passa, o Patinho cresce, toma banho de loja com o dinheiro do Petróleo, compra penas de Cisne e vai se transformando.  Os capixabas agradecem, tudo melhora, os salários em dia, saúde e educação vento em popa!
Nada é para sempre, a crise alarmante chega ao estado, seguranças de braços cruzados e a situação caótica no estado.
Agora, vejo o Patinho, coitado, muito mais Feio que antes, perdeu suas penas de Cisne, conhecendo a dura realidade dos dias de hoje.
Acabo de ler a ultima frase do texto - Um ser sem cautela que vai parar na panela!- pergunto eu, seria este o seu fim?  Prefiro acreditar que não, mesmo assim, “Choro pelo Patinho Feio”.
PS. Já estou de posse do meu próximo destino, GALLATIN – “Enfim, o Eclipse”, como sempre pegando carona, lá vou eu!

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Sobre o post Nashville e outros
09/11/2017
Confiar Na Primeira Pessoa e pegar carona nos seus textos é viajar na zona de conforto, sem passaporte e malas desagradáveis. Já estive em Chattanooga Choo-Choo, estou indo para Nashville. Neste meio tempo, passo os olhos em “Tiros em Las Vegas”, com relatos da brutalidade dos tempos modernos.  Outro texto  interessante, “Nós e as Crianças”, nos reporta, de que estar protegido dentro de casa nem sempre é seguro, as barreiras às vezes se quebram e ficamos vulneráveis.
A tão esperada Nashville, “Alegria e Música”, traduzida tão bem nos mínimos detalhes e  ilustrada com fotos divertidas. A distancia, escovei meu lado country, dei asas a imaginação, desfilei de chapéu e botas, aproveitando de tudo um pouco!!!!!!
Agora só me resta esperar, qual será o próximo destino? Viajar assim é fácil, menos burocrático e mais divertido! Que venha o novo texto.

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Sobre o post Chattanooga Choo-Choo
03/11/2017
Já é madrugada, trabalhei até às 2 horas e resolvi viajar, peguei estrada, cruzei com caminhões, cansei, dormi num vagão, acordei para ir ao Park, andei de elevador para ver a queda iluminada.
Só não andei de bicicleta, ficará para a próxima. Adorei, estive junto com você nestas idas e vindas, através do tempo tão bem definido, numa escrita objetiva e divertida. Faz com que cada leitor seja mais um agregado neste passeio. Agora vou descansar, amanhã é outro dia, outra história.

6 comentários:

angela disse...

Que delicia de dueto super harmônico entre vocês duas!
Lindo, Ana, abrir esta página. Obrigada.

Miguel Montenegro disse...

Muito legal essa parceria entre tia e sobrinha, e o que se percebe é uma afinidade que ultrapassa as origens biológicas e genealógicas, suas raízes transcendem os tempos, quem sabe se explica em encarnacoes passadas.
O que importa? Pra nós, só o prazer de devorar vagarosamente esses textos deliciosos de serem saboreados a qualquer hora do dia, ou da noite como gostam os "Mosqueteiros".
E agora só me resta esperar pela proxima viagem dessa dupla maravilhosa ou seria um quarteto?
Que importa, só a certeza de que virão outros tantos textos para nosso deleite.
Parabéns Ana Beatriz e Gilda (e Gigante e Vaga-lume)

Ana Beatriz disse...

Obrigada, Miguel, pelo seu comentário. Ficamos felizes que aprecie a leitura dos nossos textos. Valeu!

Miguel Montenegro disse...

Cada dia me convenço mais que existe uma simbiose super saudável entre essas duas autoras. Que delícia poder usufruir de tal encanto, de tal encontro.

Miguel Montenegro disse...

Gilda,você nasceu pra isso, suas ecritas são deliciosas de ler, fluem gostosamente pelo passar dos olhos e do tempo.
Continue nos deliciando com seus textos, por favor.

Unknown disse...

Miguel, fiquei feliz com o seu comentário. Muito obrigada.