Voo Solo



Ela se revelou como escritora e eu tive que abrir uma nova página no Blog pra publicar os mais recentes textos de Gilda Kley
Da segurança Da Minha Saia, ela passou a se arriscar em temas próprios,  num legítimo voo solo. O estilo e o humor continuam garantidos e, com certeza, vão cativar vocês, leitores. 




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QUE HISTÓRIA É ESSA, GILDA?
11/03/2021
Semana passada, assisti ao programa de entrevistas do Porchat. Achei interessante a plateia interagir com o apresentador, contando passagens cômicas vividas em algum momento de suas vidas. Logo de cara me vi bem ali, sentada numa poltrona com algumas das minhas histórias, vez por outra um pouco trágicas, mas sempre temperadas com uma pitadinha de humor. Em homenagem ao Porchat, vou te contar uma delas.

Eu ainda morava na Fazenda e, naquele tempo, o inverno era glacial, nada parecido com o de hoje que é meio barro meio tijolo. Depois que o sol se punha, a bolinha do termômetro brincava de escorrega, descendo num susto só para os quatro ou cinco graus. Com a friagem, uma bela faringite me deu a maior rasteira e eu fiquei imprestável, com um fiozinho de voz. Tentava me salvar por mímicas, só que eu sempre fui péssima neste jogo. Não tinha para onde correr e precisava urgente de socorro. Só a minha amiga e médica Stella poderia me salvar.

O telefone mais próximo ficava na vendinha do Seu Geninho, na estação de Cavaru, a oito quilômetros da Fazenda. Além de um telefone à manivela, uma raridade já naquela época, a vendinha também oferecia o melhor sanduíche de mortadela da região, um manjar dos deuses! Telefonar e comer sanduíche, uma combinação perfeita para quem pedia ligação por meio da telefonista e não tinha a mínima previsão de quando conseguiria falar.

Neste dia, deu-se um milagre, não demorou muito e completaram minha ligação. Expliquei minha situação para a secretária do consultório - a faringite, a distância, aquele blábláblá todo! Ela, sem pressa, me respondeu: Dra. Stella está em consulta, mas vou falar que é um pouco urgente. Ansiosa, pensei: Poxa, bota urgente nisso! Finalmente ouvi um E aí? da minha Doutora, o que já me deu um levante. Mesmo assim, choraminguei as minhas mazelas. De pronto, receitou Locabiotal Spray e um pedido: dê notícias! Retornei pra casa - mais oito quilômetros de estrada de terra - no alento de ficar logo boa. Três dias depois continuava na mesma pendenga. Voltei ao telefone, comendo poeira no caminho morro abaixo.

- Stella, estou aflita, não melhorei, o que mais posso fazer?

- Nada, insista no Locabiotal. Vai passar, tenha calma! respondeu taxativa, com a certeza desesperadora de quem conhece a paciente.

Com aquela ducha fria e sem nenhum remedinho extra pra aliviar, lá fui eu de volta, com minha cabeça sendo martelada a cada curva da estradinha: insista no Locabiotal, insista! Só me restava mandar ver no spray e repetir a mandinga várias vezes ao dia: vai passar, vai passar!

Ora, quem sabe, sabe! Em dois dias, a saúde gritava novamente de tão perfeita! Só não fiquei com a voz da Liza Minnelli, porque seria uma covardia e não era de bom tom.

Quer saber a moral da minha história? Tenha calma. Insista, vai passar! 

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CRISE COM HOME OFFICE
05/06/2020
A crise desta pandemia doida é como uma roda gigante: roda, roda e não sabemos quando irá parar. O medo toma conta de todos, bem no estilo trem fantasma, um verdadeiro terror! 

Presos em casa, cada um tenta se reinventar, tirar um coelho da cartola e descobrir o que fazer para passar o tempo. Já vi de tudo, até cantor de chuveiro fazendo live, e se achando aquele artista! 

Há outros que, mesmo sem muito jeito para arrumar a casa, pegam firme no batente e, no final, ainda resolvem esnobar dizendo fazer melhor que as faxineiras! Quer saber, já ouvi até diarista comentando que está trabalhando de casa: liga para a patroa, lista as tarefas do dia e, com as ordens entregues de bandeja, dá aquela espetada – “não se preocupe, é tudo bem facinho!”. 

Aqui em casa, montei meu home office na cozinha; bem mais prático! Consigo atender os anseios do Chef num clicar de dedos. Verifico a agenda do dia e lá vou eu começar minha rotina de trabalho. Os primeiros convocados são do time matinal: café, leite, pão, queijo e biscoitos. Tudo certo, sigo para despachar com carnes, legumes, feijão e o arroz - este está sempre atrasado, prefere fazer gênero, ser fresquinho sem perder o calor para o almoço! 

Até aí tudo bem, uma paradinha que ninguém é de ferro. O ZAP reclama por respostas, e dar bom dia ao grupo da família não pode faltar.

É hora de voltar ao batente, tenho compromisso com pratos, talheres, panelas e afins, tudo acomodado nos seus devidos lugares. Em seguida, reunião com o Chef pra resolver quem será escalado, dentre morangos, maracujás ou mangas, na intenção de preparar uma bela mousse. 

Já é quase fim de tarde, surge uma ideia de última hora, montar um casamento perfeito de açúcar, farinha, ovos, manteiga e fermento; fazer aquele bolão bem “mega- sena” pra se deliciar mais tarde!

Já é noite e ainda restam coisas a se fazer. Esse tal de home office na cozinha é como churrascaria rodízio: um serviço que nunca pode parar!

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ESCREVER
07/05/2020
Escrever é como comer e coçar, é só começar. É dar os primeiros passos na sopa de letrinhas. É combinar doce com salgado, ou temperar com pimenta biquinho. E na falta de assunto, inventar um recheio mágico pro pastel de vento.

Escrever é como ir à academia: treinar, exercitar sem medo e sem reclamar; mas tem que gostar. 

É saber ler e transcrever os pensamentos que voam no sótão da imaginação. É interpretar sonhos, acreditar que vale a pena registrar e conferir. 

Escrever é usar o bom senso e dar xeque mate nas letras do tabuleiro de papel. É fazer tocaia para a inspiração.

Escrever, muitas vezes, é cavalgar com a alegria ou com o tédio, dando alento à esperança de um final feliz. É viajar na maionese, se fazer entender no caminho das palavras. 

É vir correndo na frente do sol, só para escrever. É não acabar hoje, só amanhã! É teimar até acertar, mas nunca desistir. É se fazer feliz, mesmo achando que o que escreveu não está bom; e se assustar quando gostam.

Escrever é colorir textos, como se fossem as flores de um jardim. É pegar carona no silencio do paraíso, voar sem ter asas e disputar lugares sem que percebam. 

Escrever não é só juntar palavras e rabiscar frases, nem encher linguiça; é casamento, ato de amor. É fazer um bem que nem se imaginava possível!

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CONFINAMENTO NA COZINHA
29/03/2020
Festar é comigo mesmo! Ter que ficar em casa sem aquele arzinho de parabéns, sem bolinho de aniversário e ninguém soprando velinha é triste! Não faz muito minha cabeça, por exemplo, que hoje seja um sábado maravilhoso e eu esteja aqui escrevendo, afogando minhas mágoas, enquanto há pouco tempo estaria num casamento ou festa de 15 anos a pleno vapor! Esta tal de Covid veio bagunçar o mundo inteiro, e a transmissão do vírus é igual à brincadeira de telefone sem fio: falou pertinho “tá fritado”, nem papel toalha salva você. Com muita sorte, água e sabão ou álcool em gel podem até quebrar seu galho, mas a contaminação é como jogar na roleta, vai que sai o seu número! 

Ficamos, então, reféns do Corona, trancafiados em casa, cada um buscando o que fazer para aliviar a pressão da panela que está prestes a explodir! Aliás, no estágio atual, panelas, com ou sem pressão, têm sido minhas companheiras fiéis! Vou contar em primeira mão para você, como voto de confiança, porque é segredo. Sempre detestei cozinha! Quando morei nos States, fazia altas feijoadas com as latas de feijão que os parentes me levavam daqui e eu tirava a maior onda com meus friends! O arroz não era de lata, mas de saquinho comprado lá mesmo. Mergulhava na água fervendo, uns minutinhos e pronto, perfeito! Quebrava um galho e tanto. Hoje, nesta função toda de confinamento, estou me superando, sou craque numa autêntica feijoada light, dá de mil na da Tia Surica, pode crer. Comentei com minha irmã que agora sou bamba em feijoada, ela me perguntou: “quantas latas você abriu?” Magoei. A verdade é que quem tem fama, deita na cama! 

Pelo menos esta prisão domiciliar me fez aquecer, com o fogo bem alto, o sabor de cozinhar por necessidade! E não é só feijoada não, tem um divino macarrão no alho e óleo. E farofa, claro, mas esta iguaria já faz parte dos meus dons culinários há anos. Nas reuniões natalinas da família, a farofa era sempre por minha conta, com aquela famigerada ressalva: “isso Gilda sabe fazer direitinho”. Veja bem como era o meu conceito! 

Agora vou pedir licença porque estou em campanha para me eleger chefe de cozinha. Sou como barata de asa querendo ser borboleta. Este título sem dúvida, eu vou abiscoitar!

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MOMENTO ÚNICO
10/03/2020
Existem coisas que chamam a atenção, remetem você a águas passadas, a um tempo quase sem tempo. Entrei numa padaria e vi uma embalagem com três brevidades, belas e formosas brevidades, de dar água na boca! Foi o ponto de partida pra trazer a tona um gostar tão adormecido que nem eu lembrava mais que poderia existir! Pensei, não vou comprar, resisti heroicamente apesar da vontade de comê-las ser imensa. Lá fui eu embora sem as brevidades, mas acompanhada de muitas lembranças! 

Recordei-me da Tia Zazá que, em tempos idos, morava com os filhos na Fazenda Boa Esperança. Ela cuidava da secagem do café, da moenda de cana de açúcar, da ordenha das vacas e transformava tudo em gostosuras: melado, rapadura, doce de leite em pequenos tabletes, docinhos de abóbora e... nada mais nada menos que as benditas brevidades! Zé Galdino era o empregado que levava tudo isto para ser vendido nas outras fazendas. Colocava os produtos num cesto de bambu forrado com um pano muito branco, provavelmente alvejado com anil, e não demorava a voltar com o balaio vazio. As brevidades da Tia Zazá eram divinas, pequeninas, do tamanho certinho de colocá-las na boca, e depois pedir de joelhos: quero mais!!! 

Tudo isto passou pela minha cabeça como um flash! Sabe o que fiz? Voltei correndo à padaria, comprei o desejado bolinho, dei aquela mordida... (pausa pra imaginar a cena) Argh! Aquela brevidade era um negócio de maluco de tão ruim, detestável! Colocaram limão, estava fora do ponto, dura, terrível! 

Conclusão da história: tudo na vida tem seu momento único. É igual a trem na estação: abriu a porta, se não entrou, passou, não tem retorno!

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TÚNEL DO TEMPO
16/02/2020
Como seria mergulhar no túnel do tempo, recordando coisas interessantes que hoje nem são mais usadas ou simplesmente mudaram de nome? Quer mesmo saber? Então, comece a ler!!! 

As crianças nasciam usando fraldas de pano e cueiros, toquinhas nas cabeças para as orelhas não ficarem de abano, luvas e sapatinhos de lã ou linha, sem falar nas mantas bordadas para deixá-las bem quentinhas. Havendo choradeira, o bico era providencial, calavam na hora. As amas de leite socorriam as mães que não tinham como amamentar seus nenéns, estavam sempre disponíveis servindo a contento. Não faltava o chazinho de erva doce, acalmava qualquer gritaria das fatídicas cólicas. Na primeira infância, aprendiam a arear os dentes, usavam sombrinhas e galochas em dias de chuva. Os meninos, calças com suspensórios, botinas e quepes protegendo a cabeça.

Brincar de cabra cega, pique esconde, pular carniça e amarelinha, jogar bola de gude e peão, era um divertimento só! Um tempo incomparável para muitos!

As mudanças de fases tinham seus acontecimentos, as meninas aflitas para ficarem mocinhas e usarem os primeiros porta-seios! Pouco mais tarde usavam anáguas, sapatos Boneca ou Anabela com meias soquetes, sem esquecer das meias com cinta-liga. Bolerinhos e xales, em dias mais frios, deixavam as moçoilas nos trinques!

Espartilho era uma peça que não podia faltar em qualquer guarda roupa feminino, marcava a cinturinha e deixava a postura correta, depois era sair jogando aquele charme de quem não quer nada, com ar despretensioso, sucesso na certa!

Um leve toque de rouge na cor carmim realçava o glamour. Os óculos, fossem monóculos, pincenez ou gatinho, estavam na ordem do dia. As cabeças eram adornadas por chapéus, as mulheres se faziam mais elegantes, os homens também tinham o hábito de usá-los, retirando-os da cabeça para uma saudação. As cuecas samba-canção e as ceroulas eram partes integrantes do vestuário masculino.

Nos meios de transporte como cavalo, se montado por mulheres, usavam-se os silhões, eram perfeitos. Ficaria sem graça não lembrar do carro de boi ou do trolei, como também das charretes e carruagens! A chegada do Ford Bigode foi a grande novidade de consumo para os mais abastados.

A presença do sanfoneiro não podia faltar nas festas, o caxambu marcava o ritmo de uma dança  diferente, e um pouquinho de fubá jogado no assoalho ajudava os dançarinos a não perderem o compasso. O surgimento da vitrola à manivela deu uma boa evoluída para alegria dos mais festeiros.

Tudo isto foram bisbilhotices de lembranças, cheias de histórias contadas que ficaram guardadas esperando o momento de serem transcritas. Você que acabou de ler, se por acaso presenciou alguns desses momentos, por favor, faça cara de paisagem para não dedurar sua idade!

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BOAS FESTAS
22/12/2019
Feliz Natal!
Trocar e surpreender!
A ordem do dia é carinho e paz!
Feliz Ano Novo!
Que o nascente seja suave e o poente vibrante, mas que entre um e outro, 2020 chegue recheado de coisas boas!!!

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FALA SÉRIO
28/07/2019
Tenho pra mim que falar sério não é meu forte! Volta e meia alguém me diz sutilmente: “fala sério Gildinha, tá de brincadeira?” Fazer o quê? Das situações mais difíceis saio no lucro com algo divertido, talvez para amenizar o momento. Querem ouvir uma história que explica direitinho esse meu jeito brincalhão? Pois lá vai...

Já faz tempo, sofri um acidente na mão, ficando na iminência de perder o meu dedo mindinho. Meu Pai entrou em pânico! A mão estava toda destrambelhada e o dedinho, coitado, meio que sem chance de voltar a contar: dedo mindinho, seu vizinho, pai de todos... Foi quando Papai me falou muito sério e aflito: “minha filha, você poderá ficar sem o seu dedinho, como vai ser?” Eu, para acalmá-lo, respondi: “não se preocupe, vai ficar tudo bem, mas se o mindinho não emplacar, não fará falta, é apenas um dedinho que não serve para nada, só é bonitinho!” Ele balançou a cabeça resmungando baixinho: “essa menina não tem jeito, tem sempre que ser diferente!”

A função não parou aí, a mão cheia de ataduras bem tipo sorvetão. Não podia baixá-la por nada, andava com ela na altura do meu rosto. Lá ia eu fazer os curativos, e era entrar no consultório pra alguém esticar o pescoço cheio de perguntas que não queriam calar: “o que aconteceu, como foi, doeu muito?” Cansada desta mesma lenga-lenga, eu retrucava na maior: “minha mão entrou na serra elétrica!” Já estou vendo vocês fazendo a mesma cara de pânico, deixando escapar um “ichiiiiii” com os dentes serrados e rosto de muita dor, idêntico aos bisbilhoteiros do consultório! Pois fiquem sabendo que não tem dor quando a agressão é muito forte, só depois que esfria, assim como o café, aí fica uma droga! 

Neste meio tempo, saindo um dia do banco, percebi um rapazola vindo em minha direção, olhando perplexo para meu sorvetão. Não tive dúvida, fingi que estava lambendo aquele sorvete. Ele ficou tão intrigado sem tirar os olhos de mim que acabou tropeçando e quase caiu! Passei por ele, não resisti e falei: “olha bem o que acontece com quem fica de olho no sorvete dos outros!” 

Para felicidade geral da nação, e principalmente para minha felicidade, o mindinho ficou no seu devido lugar - cheio de silicone e meio molengo, lembrando muito alavanca de marcha dos carros. Só tem uma única restrição, não pode apertar para engrenar marcha ré! Vocês devem até estar pensando que eu inventei tudo isto... Mas eu garanto que não! Dá pra acreditar, né?

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DANDARA DE TODOS OS SANTOS
30/06/2019
Dandara nada mais era que uma menina baiana, descansada pra valer. Adorava uma rede e o fazer nada já era muito pra ela. Contava com o apoio de alguns dos seus “Santos” prediletos para ajudá-la no que fosse possível. Dandara era muito esperta, sabia pedir e agradecer, pois o medo de perder a conexão lá de cima era grande. Na realidade, queria tudo “de mão beijada” e não era tão fácil assim. 

Dandara era devota de Santa Rita, a das causas impossíveis! Ela não dava sossego à Santa e ficava colada no seu pé, pedindo coisas e mais coisas. Apelava também para Santo Expedito, das causas urgentes, pois precisava achar um rapaz rico pra se casar. Como estava demorando, lembrou logo de Santo Antonio, o casamenteiro, e lá foi ela implorar pelo seu cara metade. Não tendo resposta e, percebendo que talvez a chave estivesse com São Pedro, se Ele pelo menos abrisse as portas, ela estaria feita, tudo resolvido! 

O tempo passava rapidamente, quem mais poderia ajudar? Talvez São Jorge, ele é guerreiro e não faria mal a ninguém dar aquele empurrãozinho! Nada acontecia, Dandara estava triste e desanimada quando cruzou com um sapo, lembrou-se, então, dos contos de fada, será que daria certo beijar o sapo e ele virar um príncipe? Também não funcionou, o sapo tratou de se mandar. Só restava uma cartada, pedir a São Longuinho para achar o sapo, prometendo seis pulinhos, o dobro do normal!

Antes que São Longuinho aparecesse, uma chuva forte caiu com muitos raios e trovões. Dandara morria de medo disso, então gritou por Santa Bárbara e, depois, por Santa Clara, que também poderia dar uma mãozinha com a promessa de ganhar uma infinidade de ovos! Foi o que valeu, tudo se acalmou! Mas noivo que é bom, nada!

Dandara estava num beco sem saída, resolveu conversar novamente com Santo Antonio, só que a promessa feita a ele foi segredo de estado! Bingo!!! Ela achou um noivo tão bacana, que ser rico já não importava tanto. Marcou o casamento, na Capelinha de Melão que é de São João, é de cravo, é de rosa e de manjericão! Ela se casou, só não abriu mão do sobrenome. O que seria de Dandara se ficasse sem o “DE TODOS OS SANTOS“? Era perigo na certa, assim como andar na corda bamba sem ter rede de proteção em baixo, e com uma baita “zebra” esperando por ela!

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GRISALHO, PORQUE TE QUERO
03/06/2019
Acho uma graça dizer que ter cabelos brancos nos homens é charme, e nas mulheres, é velhice. Insensatez da melhor qualidade! Agora, homem que pinta seus cabelos brancos é o quê? Velho não assumido, ou não é?
Cabelo grisalho não é para qualquer um, tem que ter cabeça bem resolvida e assumir o estilo, caso contrário incomoda. Os meus, eu os carrego numa “nice”, na maior categoria. Só lucrei nesta mudança, economizei tempo e dinheiro. Além de que, nos últimos anos, o grisalho está em alta. Meu cabelo meio que acontece - andando na praia já fui muitas vezes parada, queriam saber como funcionava pra ficar tão branquinho, sem aquele amarelado. Respondo sempre a sério: “Fácil, só OMO lava mais branco!” Quem entrou na minha pilha, deve estar colocando a cabeça dentro da máquina de lavar! Não se pode nem mais fazer propaganda da qualidade do sabão, que pecado!

De outra vez, numa festa, percebi um rapaz me olhando muito. Não dei muita bola, ia pra lá, vinha pra cá, e ele acompanhando... Acabei ficando um pouco encabulada, mas, lá no fundo, eu bem gostei de ganhar a noite assim, não dá pra botar defeito!!! O rapaz se aproximou e soltou um elogio: “Estava admirando seu cabelo, achei um charme!” Agradeci. Ele investiu na segunda pergunta: “É natural?” Respondi que sim, e completei: “Na verdade, agradeço a minha Mãe, ela caprichou, mandou bem num preto e branco bacana.” Como ele não entendeu a colocação, tive que explicar: “Primeiro usei meu cabelo preto, agora estou na vez do branco, minha Mãe o produziu com tanto carinho, me fez bonita e cheia de charme, não é verdade?” Ele riu, confirmando, piscou o olho e foi embora dançar.

Chego à conclusão que, a cada dia, este cabelo grisalho me surpreende, conquisto elogios e, quem sabe, um caminhão de seguidores! Ah, esses meus cabelos, quanta diferença... 

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AMOR PERFEITO
20/06/2019
Fico imaginando como seria um amor perfeito... Cada um deve ter suas exigências a esse respeito, então, conte-me lá: como seria o seu?
  
Um amor à moda antiga, que ainda manda flores?
  
Um ser sensível, abrindo a porta do carro para você entrar, pagando a conta do jantar e não aceitando dividi-la em hipótese nenhuma?

Aquela pessoa mais velha, cheia de conhecimentos, vivida e bem posicionada? Que não tem vergonha de andar de mãos dadas com você e lhe apresentar aos amigos como a companhia mais especial da vida?
  
Um protótipo do príncipe encantado?
  
Ou seria um amor bem moderninho, um ficante, perfeito no jogo aberto? Do estamos, mas, na realidade, não estamos... De ir e vir sem dia e hora marcada, nada de amarras convencionais. Bateu frisson? Vamos conferir, a hora é essa!
  
Agora eu é que vou te contar o que imaginei. Nestas buscas tão variadas, o lugar mais certo para encontrá-lo será nos jardins da vida. Estique a mão, se garanta, e pegue do canteiro o seu “Amor Perfeito”, a flor que não confunde amor com perfeição, é única! Conjugada em todos os tempos, seja no presente, pretéritos ou futuro, obviamente é o “AMOR PERFEITO”!

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AS VIZINHAS
19/03/2019
Eram vizinhas de porta, uma muito Rica e a outra simplesmente Maravilhosa!
A Maravilhosa é cheia de si, mostra a cara pro mundo com convites de “venha me conhecer, meus atrativos são os mais badalados, de dar água na boca”. Ser maravilhosa para muitos pode até passar batido, mas não é bem assim que a banda toca! Ela é apoteótica, com mil facetas interessantes, brilha tanto quanto os 15 minutos de fogos numa simples noite de réveillon! Faz aquela festa recebendo multidões, de braços abertos como o Cristo Redentor. É doce como o Pão de Açúcar, desfila mostrando sua praia de Copacabana, que é um deslumbre só. Seu refúgio, na calma do Jardim Botânico, é parada importante pra tomar fôlego e ir em frente. Ela acontece no carnaval, esbanjando felicidade e alegria, contagiando meio mundo que se curva ao encantamento de sua folia! Promove com habilidade o Rock In Rio, um show para todas as gerações. E, assim, vai aparecendo como quem não quer nada!

A outra vizinha, tão Rica que faz gosto! Possuidora dos maiores negócios com gado leiteiro, movimentando todas as indústrias a pleno vapor. Vai além, e comanda o mercado financeiro, ouvido e respeitado pelos experts de todas as áreas, sua maior cartada! Em matéria de cultura, é um poder à parte. Abraça os grafiteiros no Beco do Batman para que possam mostrar sua arte, sem restrição. Prima pelos restaurantes, dos mais simples aos mais sofisticados, com culinária variada, e que nunca têm hora certa para fechar. Sem falar nas famosas churrascarias, esbanjando categoria no serviço, é uma parada certa para se deliciar! É tida como referência de oportunidades para quem almeja algo maior na vida. Seu coração bate empolgado acolhendo os que chegam para usufruir da sua fama de rica e notável. 

A Maravilhosa nada mais é que a Cidade do Rio de Janeiro. O seu povo carioca da gema se liga no sol, mete o pé indo à praia e samba maneiro, na moral o ano inteiro. Se liga e tira uma onda, isso é o Rio de Janeiro! 

A Rica, “MEU”, não poderia deixar de ser a mega Cidade de São Paulo, onde o paulista pega sua bike, para no farol, segue pra um rolê no shopping, depois faz fila na entrada da balada. Finalmente pede um chopps e dois pastel!

De resto é pura maledicência afirmar que existe rivalidade entre carioca e paulista, nada disso! O paulista adora um heliponto, é sério e diferente: os motoristas têm carta e comem bolachas! Já o carioca leva na brincadeira, adora Uber, usa carteira de motorista e come biscoitos! Juntas ou misturadas, a Rica e a Maravilhosa, tudo isto é Brasil que não acaba mais!!!


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JÁ É CARNAVAL
12/02/2019
Final de ano já era, a bola da vez é o Carnaval! Há os que amam de paixão, puro êxtase! Tem também a turma do mais ou menos, aquele tipo meio sem graça que vive dizendo: “eu até brinco um pouquinho”, e na hora se acaba, com certeza fazendo gênero, pode crer! E os radicais? Carnaval nem pensar, barulho de som alto, todo mundo pulando feito uns doidos, não dá para aguentar, o remédio é viajar! Será que é bem assim, pão, pão, queijo, queijo? Hummm, possa ser, meu tio usava esse termo, eu achava engraçado. Possa ser para ele significava aquela dúvida de uma verdade nada confiável. 

Sem contar que Carnaval também é adesão, tem Padre que confecciona estandarte, guarda na sacristia, e no dia seguinte reúne a turma da Igreja, lá vão todos cantando: “eu quero botar meu bloco na rua, brincar, cantar até me acabar!” Agora me poupe, Padre que desfila em escola de samba está confundindo alhos com bugalhos! É pirar na batatinha, vai ter que rezar muito pra canoa não virar!!! 

Carnaval é isso, maluquice total, gente comprando fantasias para sair nas escolas de samba, como se numa não bastasse. Sai aqui, engrena na outra ali, dia seguinte tem mais, é sentir a grande emoção de desfilar na avenida. Pura ilusão de momentos de glória, sendo aplaudido de pé por milhões! Mas chega quarta feira de cinzas ao raiar do dia, o palco é outra realidade, nada parecido, nem um tiquinho, com aquela avenida. 

Os blocos, as bandas, cada dia maiores, arrastando milhões, sem falar nos trios elétricos, se não têm Ivete nem Claudinha, Preta Gil dá pro gasto! Tudo é frenético: os quiosques, as praias... Na areia a moçada vende seu peixe com as coisas mais variadas, são butiques ambulantes. Sem falar na azaração, a paquera come solta! Deu bobeira, fica igual a camarão que dorme e a onda leva! 

É isso aí, enfeite o coração com confete e serpentina, vá contagiando passo a passo no compasso. Na folia ninguém chora, manda a tristeza embora, porque agora é só Carnaval!

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O BAOBÁ DE LOURINHA
28/01/2019
Lembram de Lourinha, aquela personagem da fazenda, nota mil de Mamãe e Papai? Pois é, ela possui um jardim encantado, feito de amor e carinho. Ela denominou cada membro de sua família com o nome de uma flor e, assim, montou canteiros floridos no seu coração. Lourinha não podia deixar de atribuir à irmã Moreninha uma flor que lhe caísse como uma luva: o GIRASSOL. E ainda escreveu para sua “kid sister”:

Vejo Moreninha, um girassol amarelo e vibrante, escritora entusiasmada e formiguinha trabalhadeira, carregando mil coisas. Ainda bem que tem carro novo para aliviar e tirar uma onda, coisa que ela bem gosta! 

Moreninha ficou cheia de si, com o ego bem escovado com o título de “escritora”! Lourinha se formou em professora pelo Instituto de Educação, então é aquela professora pra valer, com um conceito de avaliação bem crítico do que lê. Agora ninguém segura Moreninha, além de tirar onda com o carro, vai tirar onda de escritora. Ah meu Deus!

A jardineira Lourinha tinha ainda um sonho para outro jardim, um bem real na Fazenda, que era poder conseguir uma muda de baobá, árvore rara originária da África e muito difícil de ser encontrada por aqui. Mas, como nada é impossível, Moreninha recebeu um zap de Lourinha: 

- Bom dia, Sis, acho que mudei para a África. Ganhei de um amigo três mudas de baobá. Estou muito feliz, sempre quis plantar baobá na fazenda. Agora esse presente! Quem espera sempre alcança! 

Girassol vibrou com a notícia, sabendo da importância deste baobá para sua irmã, e logo pensou: agora o jardim real está completo! Lourinha é a jardineira mais feliz que Moreninha conhece, possuidora de dois jardins, o encantado e o real, todos construídos com carinho e o mais profundo amor que existe no seu coração!

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BONITEZA NÃO TEM PREÇO
07/01/2019
Naquele tempo em que eu costumava viajar do Rio para a Fazenda, a violência era quase nenhuma. Nunca tive hora para ir ou vir, pé na estrada à meia noite ou às cinco da manhã. Lá ia eu no meu Hondinha Sport, preto como o carro do Batman, teto solar para ver a lua no céu ou o dia raiar com o sol a sorrir. Eu amava! Adorava dirigir com musiquinha no ar e estrada vazia devido aos horários, era uma sensação de liberdade total! São Jorge cravado na lua cheia, lá do alto, parecia me guiar e proteger, nunca me deixou em apuros naqueles anos todos em que brinquei de ser um ioiô. 

Numa dessas viagens pela manhã bem cedo, cruzava a estrada de terra próxima à Fazenda quando me deparei com o Zé Maria, homem que sempre estava na minha alça de mira por negociar cavalos nas horas de folga. Zé montava um pampa, com pelagem cinza e branca. Meu coração disparou... O animal era lindo, exatamente como eu sempre esperei ter: inquieto e de trote (andadura entre o passo e o galope). Pensei rápido, esse cavalo já é meu! 

Parei o carro e ele me perguntou: “Gostou?” Claro que eu jamais entregaria o ouro ao bandido, e respondi fingindo desinteresse: “Pode ser..., leve o bicho mais tarde lá em casa que eu vou montar.” 
A sorte estava lançada! Ter um cavalo como os dos Apaches, os índios americanos, seria a glória! Mas, e o preço? 

A espera foi dura até Zé Maria aparecer. Finalmente, o menino das cocheiras veio me avisar da chegada dele. Zé estava lá com aquela peça rara, lindo de viver, meu sonho de consumo! O cavalo já estava até arreado com minha sela inglesa, pronto para o test drive. De antemão eu sabia que ele seria meu, mesmo sem montar! E lhe disse baixinho: “Você é meu, e seu nome é SHAKE!” 

Montei, dei aquela voltinha só no talento, nem precisou andar muito... Cheguei logo avisando: “Quero comprar! Eu tenho uma criação de porquinhos da índia, você leva todos e me volta algum dinheiro, pode ser?” Zé Maria riu: “Assim não vale!” Ele sabia que eu estava brincando, não fosse eu a Gilda... Barganha daqui, enrola de lá, conseguimos fechar negócio. Ufa!!! 

Todos felizes: eu e Shake, Zé Maria com dindim no bolso. Providenciei logo casa nova para Shake - uma cocheira confortável-, um banho com shampoo cheiroso, além de barba, cabelo e bigode, estava pronto para descansar até a manhã seguinte. Aí sim, sairíamos os dois juntos, seria o primeiro de muitos passeios. 

Shake era tudo que eu esperava e muito mais... Puxava a tropa nas cavalgadas, ninguém passava a sua frente, era ELE ou ELE! Eu o montava, com um sorriso de orelha a orelha, concordando com Shake em gênero, número e grau. 

Toda esta história me fez lembrar o Pedro, um empregado antigo do meu Pai, que vivia me dizendo: “Você só quer cavalo com boniteza, que não anda nada, e soca como um pilão!” Eu tinha o maior carinho pelo Pedro, ele sempre cuidou muito bem dos meus cavalos, mas nunca montou em nenhum deles, preferia os marchadores que andam num passo mais comportado, quase sem surpresas. Quando saíamos juntos, eu brincava com ele: “Ô, Pedro, esse seu cavalo é muito mole, não anda! Toca esse animal que você vai ficar pra trás!” E ríamos a valer das nossas preferências e diferenças! No frigir dos ovos, quero dizer que na alma, ninguém manda, ela só fica onde se encanta!

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AMIGOS OCULTOS
16/12/2018
Quer coisa melhor que um amigo oculto, é o negócio mais funcional que já vi. Todo Natal tem aquele fatídico sorteio para saber quem dá pra quem (por favor, não pensem besteiras!) no badalado amigo oculto. E aí vem a grande surpresa, sai o nome daquela pessoa não muito chegada, sem o mínimo de compatibilidade com você, é de matar! Ao revelar o resultado, as caras e bocas são as mais divertidas de todos os tempos, é difícil esconder a felicidade ou a decepção do nome no bem aventurado papelzinho! Tarefa árdua este tal de amigo oculto. Não vale suborno, carta marcada e tão pouco pedir para trocar o nome. Huuum, possa ser!!! Eu já vi gente na maior queda de braço, tentando fazer um “nigocinho” (termo de fazenda mesmo, significa fazer escambo), com os argumentos mais diversos possíveis: o tal amigo é chato, exigente, careta, já tem de tudo, vou dar o quê? Uma verdadeira sinuca de bico! 

Em suma, é uma parada à parte, mas sempre tem o outro lado da moeda. Há gritos de alegria para aquele que está bem na fita com o seu escolhido, é moleza, escamotear nem de leve passa pela mente deste felizardo! Só resta saber se o receptor também pensa assim, ou é partidário da teoria “mira em mim, mas me erra,” pensando na roubada do presente que irá ganhar! Olha a confusão formada, não importa, tente ficar frio, é Natal, e Papai Noel tá atento na área, beleza?

O grande lance para alguns multifacetados é bancar aquele amigo oculto (fora da Casinha, estilo Don Juan), aí o bicho pega pra valer!!! Tem que chegar de mansinho, ficar na toca bem escondidinho sem ser visto pelo amigo da onça, que adora escancarar. Fazer correndo a troca de presentes velados, sem dar na pinta de preferência! Só resta, então, se passar por mágico com o mimo faturado nesta camuflagem toda, e ter o maior cuidado pra não dar a cara à tapa! O resto seja o que Deus quiser, mas, muitas vezes nesta causa, nem Jesus Salva, mesmo em tempos de Natal!

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AS CORES DA VIRADA

05/12/2018
Final de ano é assim, rebuliço total, amigo oculto misturado com oferendas para Iemanjá, idas e vindas aos shoppings... Vale qualquer negócio, até torrar o décimo terceiro, sem dó nem piedade! Alguns preocupados com que irão ganhar, outros de olho na comilança do dia 24, enterro dos ossos de 25, já pensando o que terá de bom na virada de 31. É isso aí, sem mais nem menos, pura verdade!

Nesta confusão toda, fico pensando como Noel está se saindo... Cartinhas de caneta Bic nem pensar! Os pedido por e-mails e zapes deixam o Velhinho na corda bamba! Nada que três anos de PUC não resolvam! Natal sempre foi isso, gastar dinheiro e trocar presentes, fazer o quê?

E a virada, fala sério! Aquela coisa de cor de roupa para usar no 31 está sempre em pauta: amarelo do dinheiro, vermelho da paixão. Vale para cuecas e calcinhas, somente para reforçar os pedidos, fica a dica! O verde sempre é uma boa pedida, se o amarelo e o vermelho não funcionarem, vá de esperança, quem sabe este ano a sorte conspire a seu favor. Ainda falta o branco da paz... Quantas opções, é só escolher, ir fundo com fé, sem ela de nada vale fazer tudo isto.

Os fogos sinalizam um Novo Ano, ninguém arreda pé. Aplaudir sempre, e desejar que seja infinitamente melhor que o anterior, é fundamental. Para onde se olhe, tem gente empoleirada nas sacadas e varandas, shows acontecendo, música no ar. Na areia, todos se movimentando, dançam, pulam sete ondinhas, jogam flores e barcos nas águas do mar. Não vale só comemorar, o grande lance é saber dar a grande virada, abraçar o Ano Novo que já vai chegar com todas as cores, fazendo todo mundo feliz!

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ELE SIM OU ELE NÃO?
15/10/2018
Todo mundo está falando dessa coisa ao mesmo tempo, que não sai da minha cachola. É o tal do “ele sim”, “ele não”, para expressar controvérsias, ou seja lá o que for! Criam o maior “quiproquó”, é uma agressão verbal com ânimos exaltados, só falta cair na pancadaria pelo sim ou pelo não, bem tipo relacionamento tóxico. Não importa, o show tem que continuar!

O SIM manda ver, sustenta-se e não tem medo, se reinventa com uma nova roupagem, transforma-se no que for necessário. Ganha a luta mostrando que se pode conseguir chegar lá, acreditando nos seus próprios conceitos de mudança, para poder viver em paz consigo mesmo. Ostenta um sim, eu posso, eu mudo! 

O NÃO usa armas ilusórias, tem um Guru e segue à risca os seus ensinamentos e as suas ordens de exposição. Domina o palco, canta e dança conforme a música, sem constrangimentos, tem apoio global para tal. Fãs e seguidores estão sempre ligados, afinal ele carrega uma bandeira que é o orgulho de milhões, é uma parada! Fazer parte desta legenda é o maior espelho para muitos, que gostariam de estar no seu lugar brilhando, mandando ver!

Dentro desta presepada toda que é sempre babado forte, eu não estou aqui falando de política, tô não! Mas, sim de Thammy Gretchen e Pablo Vittar! Cada um tem o seu sonho encantado de consumo, tem que ter peito (ou não), depende, o que vale é botar pra quebrar e ser feliz! Assim dizem...

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DON JUAN, O PEGADOR

13/07/2018
Subir a serra e chegar sem cerimônia num lugarejo rural pra passar férias ou feriados, com ar sedutor de garanhão, só podia ser o nosso tão conhecido Don Juan, o PEGADOR! Ninguém contestava: era alegre, festeiro, adorava um forró pra dançar coladinho, e fazia aquele agito para quem quisesse ver! 

Esse era o perfil do Don Juan, ciscava em torno do alvo sem dó nem piedade para aquela investida, e levar a presa até a dancinha sensual do – Tchu, Tcha Tcha! Se achava o dono do pedaço, e que todas as mulheres cairiam na sua rede, doce ilusão! A turma do mais que nada, sai da minha frente parecia ser fiel aos seus parceiros, no entanto não deixava de observar o que faria Don Juan, porque de escrúpulos ele não tinha nada! Rodava mais que mosca de padaria para encontrar seu pão doce, e, saibam vocês, sempre encontrava um, com açúcar para dar e vender. Prato cheio pra Don Juan! Na calada da noite, lá ia ele pegar o seu pão na padaria! Por sorte sua companheira dormia o sono dos justos e o padeiro só chegaria às cinco da manhã. Até lá, era lenha no forno, pão no tabuleiro e botar pra assar!

O circo estava armado, os fregueses da padaria já sabiam que fornada extra estava por vir, dormiam de olhos abertos, pois o tititi era grande e ninguém queria perder! Prato cheio pro café da manhã, bem no esquema quem conta um conto, aumenta um ponto! Dizem até que, uma vez, o padeiro chegou ao seu emprego mais cedo e Don Juan saiu correndo levando junto seu pão doce! Cansados de tanto correr, pararam e sentaram no gramado, só que foi em cima de um formigueiro. E o que aconteceu? As formigas fizeram um estrago tão grande nos puladores de cerca que eles não conseguiram sentar confortavelmente por vários dias. 

Noticias de Don Juan (que é considerado “o maior chave de cadeia”) não tenho, mas deve continuar fazendo muitos Tititis e dando de bandeja muito pano pra manga!!!

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EVENTO DO SÉCULO
31/07/2018
Agosto 2017- aconteceu o casamento alto astral, Sol e Lua na fusão total, resultando um eclipse notável! 
Julho 2018 - o casal celebra quase um ano de núpcias - Bodas de Papel, com uma união estável perfeita! Os dois vivendo um ao redor do outro, sem senões, para alegria de todos nós. Nada mais justo que comemorar a data em grande estilo, fazendo um agitado evento no maior e mais longo eclipse lunar do século, com duração total de quatro horas. Uauuuu! Uma “Fundição Progresso”, com certeza! 

Lua, a artista do show, se veste de dançarina flamenca, usa um vestido vermelho e sai por aí. É, sem dúvida, a rainha do universo! Sol e Terra ficam rendidos, se alinham com Lua no papel de meros coadjuvantes, e nem de leve ofuscam seu vedetismo. ELA, merecidamente, ganha a noite sem fazer nenhum esforço! Marte se aproxima um pouco mais e observa de camarote com todos os privilégios, porque ninguém merece perder este festão assim, de mão beijada! O mundo para, olhos voltados para o céu, observando o acontecimento com direito a Lua Cor de Sangue, que faz gênero em ser diferente. Faz parte desta apresentação sair do cotidiano, ganhar manchete, ter que causar, é coisa de momento, coisa passageira!

E, mais uma vez, todos são vencidos pela potência da beleza, com tamanha exibição de uma Lua avermelhada, carregada de emoção. Quem sabe assim, ELA, com sua performance, prove seu sentimento de inteira paixão pelo seu bem maior, o SOL!

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PARABÉNS
02/07/2018
Festejar aniversário não é nada simples, são duas vertentes distintas: aqueles que adoram e os que detestam comemorar.

Aniversariar é colocar mais uma velinha no bolo e soprar com o peito cheio de coragem, explodindo alegria, enfim, a benção é hoje e não amanhã! Faz o coração transbordar de felicidade! É renascer! Abrir os braços, receber amigos, fazer daquele momento o seu palco iluminado, ouvir a plateia entoar Parabéns; vibrar com emoção e até chorar! É querer viver mais uns 100 anos, ver de novo todo mundo junto, afinal a festa é pra quem vier!!! É quando a tristeza pede passagem e vai embora! Aniversariar é para os fortes, até porque idade não é documento, o que estar por vir se tira de letra!

Fazer anos é carregar aquele fardo pesado, tendo que encarar todos os anos, naquele dia, a mesma ladainha do parabéns, felicidades, etc. Quando o momento pede fugir, sumir! Festa e bolo nem pensar, é simplesmente abominável! Ficar mais velho atormenta, a angústia bate, sentindo o tempo correr de encontro à velhice, que chega sem pedir permissão! A sensação é de como se fosse um carro novo: virou o ano, já era, envelhece, perdeu a validade! Assusta, deprime, sem contar que alguém, de gozação, aparece parabenizando, não pelos 50 anos, e sim pelo meio século vivido. Bate na cabeça como uma tonelada, é trágico! Este indivíduo será odiado eternamente, no mínimo cortado do rol dos mais chegados! 

O meu conselho vai para a turma do Fazer Anos: não jogue esse dia fora, igual latinha amassada, não fuja da raia! Gente, fique esperta! Tente Aniversariar pelo menos uma vez, experimente, é maravilhoso, chance única de sentir o incomparável sabor de quero mais!

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LUA DE SÃO JORGE
23/04/2018
O verão se foi, levando aquele calor absurdo que derrete até pinguim em cima de geladeira! É abril, outono, mês de feriados entrelaçados. Dia 21, Tiradentes, ele foi enforcado, virou patrimônio nacional e entrou para a História do Brasil. Com isto, ganhamos uma bela folga com direito a esticada até 23, dia de São Jorge. Isto tudo fica restrito unicamente ao Rio de Janeiro, privilégio do bom carioca que, de bobeira, aproveita uma prainha esperta!

Festão mesmo é a virada de 22 para 23, foguetório marcando a chegada do Santo. Na sua igreja não dá pra entrar, se você quer saber, o empurra-empurra toma conta do pedaço, onde pedir e agradecer é um ritual constante. A tradicional feijoada nem se fala!!! Para a legião dos amigos de fé e aqueles que vão na aba, a turma do "simpatia é quase amor", vale comemorar em grande estilo! São Jorge, deslumbrante no seu cavalo branco com a imponência de um guerreiro, visível na lua cheia, inteira de tanto esplendor! Ela aparece solta ou acompanhada por um turbilhão de estrelas na vastidão do céu. E lá está ELE estampado, só não vê quem não quer!

Nas Fazendas, a Lua de São Jorge é convite certo para uma cavalgada pelas estradas iluminadas com o seu luar, é fabuloso! Quem se deu ao luxo de viver um passeio deste, jamais esquece! Guardará para sempre na lembrança o tropel dos cavalos, o friozinho do sereno, a escuridão de cavalgar entre árvores escondendo a luz da lua, e aparecendo em seguida uma estrada mais clara que o dia. Tudo isto só com Dona Lua dando as coordenadas, momentos divinos pra ninguém botar defeito! 

No mais, é olhar pro alto e agradecer. Que São Jorge, lá de cima, continue nos iluminando tão bem, ou melhor, quanto a Lua Cheia solta nesta amplidão!

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DIMINUTIVOS DA MINHA VIDA
22/03/2018
Apequenar pra lá e pra cá, só se escuta falar nisto. O verbo virou modismo, bastou a Ministra Carmem Lúcia dar o chute inicial. Só vale apequenar de brincadeirinha, caso contrário vira insulto, você pode ser frito de verde e amarelo! 

Fiquei meio encucada com esse tal de apequenar, me incomoda um tiquinho, sabem por quê? Queria ser um pouquinho maior do que sou... Tem gente que me chama de Pequenininha, Baixinha, outros ficam mesmo na Gildinha. E lá vem todos os inhas desfilando mais que miss em passarela, e eu não consigo dar aquele tiauzinho aos meus diminutivos, assim como elas no final do desfile. 

Vou deixar claro que não é trauma, nada disso! Eu chamaria de falta de bom senso da minha Mãe. Sem ter a mínima noção, foi me apequenar quando eu ainda estava na sua barriga, e acabei chegando ao mundo meio micro! Faltou o tão badalado alongamento das academias, aí pegou geral! Estou pagando com este tal de apequenar até hoje, sem chance de mudanças, mesmo com a ciência evoluindo na rapidez do trem bala. Implante para crescer, nunca ouvi falar, pouco provável que exista. Parece que a única solução viável é andar com pernas de pau! Quando criança, usei de brincadeira, era o maior barato. Eu me achava tão alta que passou pela minha cabeça poder ser manequim, o que não durou muito. Sonhar, enfim, é ganhar o mundo, não é só privilégio meu, serve pra qualquer um. 

Fiquem vocês sabendo que, desta apequenação toda, cheguei à conclusão de que não sou pequena. Na realidade, sou apenas bem PORTÁTIL, ora pois...

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DUAS IRMÃS
08/03/2018
Era uma vez...
Eu sempre quis começar um texto assim. Meu Pai contava histórias pra eu dormir desta forma: "Era uma vez um macaco Simão"... A cada dia inventava novas estripulias daquele macaco, eu ficava encantada, viajava junto, sempre fui bem chegada a travessuras!

Pois bem, acabou a sessão retrô, vamos ao que interessa. Fui falar do Simão, acabei me perdendo das Duas Irmãs.  Ah, lembrei, eram diferentes, como da água pro vinho.  A mais velha, a "água", nasceu no hospital da cidade grande, seus pais eram do interior, moravam numa Fazenda. Ela veio bem clarinha, lourinha, olhos azuis, "aquele neném"!  Não chorava, não reclamava, mamava nos horários, um anjo em forma de gente! A Lourinha foi logo para a fazenda, onde passou sua infância. Seu Pai era apaixonado por cavalos, sua Mãe o acompanhava nas cavalgadas, só faltava Lourinha, que acabou ganhando de presente uma eguinha tão mansinha que até tinha preguiça de andar. Lourinha ficou muito contente,  mas não podia esconder o medo só de pensar em montar naquele bicho tão grande! Como se não bastasse, na tão esperada estreia teve que estar a caráter para cavalgar: botas, culotes de linho e uma blusa lindinha; de seus cabelos longos foram feitas duas trancinhas com laços azuis, usava luvas para completar o traje de montaria (passaria fácil por uma princesa da corte inglesa, tamanha sua elegância!). Lá se foram os três, sua Mãe coordenava a aulinha: corpo reto, mãos nas rédeas, não segura o "Santo Antonio", coisas básicas para principiante. Lourinha tremia de medo, respiração ofegante, não conseguia nem falar, um suplício, nada de voltarem para casa, uma eternidade o passeio. Realmente montar não era a sua praia! Outra coisa que nunca soube fazer: dirigir, carro nenhum! Até carrinho de boneca era complicado, podem crer!

O tempo passou, já moça o que gostava mesmo de fazer era ler e tocar piano. Tinha um rapaz que estava sempre por perto, ele virava as páginas das músicas para ela (este rapaz era o eleito de sua Mãe para se casar com Lourinha, mas não deu certo, Lourinha amarelou legal!!!) Blue Moon era sua musica favorita, a que mais tocava. Escolhia festas e namorados a dedo. A Lady Lourinha sabia andar com leveza, flutuava, fazia o gênero comportado! Lourinha foi estudar fora, queria ser professora, sempre foi ótima aluna, nota menos que nove sem lugar no seu boletim, maior orgulho de Papai e Mamãe! Fez curso Normal, começou a trabalhar e gostava do que fazia, tinha o dom para ensinar aos pirralhos.

Agora sua irmãzinha, não foi fácil, nasceu dando trabalho, era bem moreninha, vermelhinha (aquela cor meio jambo), era o "vinho"! Chegou com um peso ínfimo, passou um mês na incubadora, sua Mãe a deixou no hospital sem ter muita esperança, mas Moreninha saiu numa boa, dando trabalho para não perder a graça! A cama de grade tinha que ser revestida para que não caísse pelos buracos, não mamava, tomava leite de conta-gotas (como se fosse passarinho), parecia um ratinho, não tinha nada de bonitinha como a irmã! Como a outra, foi morar na Fazenda. Já crescidinha, com três anos, seu Pai a levou para andar com ele a cavalo, colocou um coxinilho por cima do "Santo Antonio" e foram para uma volta não muito longa. Moreninha nunca se viu tão feliz, adorou, não queria sair do cavalo. E o que aconteceu? A égua de Lourinha passou para Moreninha, numa jogada de mestre de seu Pai, era tudo que ele queria, uma filha que o acompanhasse pra lá e pra cá na Fazenda, o deixava feliz. 

Sua Mãe preferiu ensinar o bê a bá para a caçulinha, que não era nada chegada à caligrafia e aulinhas demoradas. Nos deveres de casa, Moreninha se saia muito bem, preferia estudar dentro da coelheira, brincando com os coelhinhos, quando não escapava para uma voltinha a cavalo ou para ver os bezerros no curral! Qualquer coisa para Moreninha se transformava em pura diversão. Ficava feliz quando o Pai a convidava para irem comprar vacas em outra fazenda. Sair cinco da manhã e voltar tarde era fácil, mas para estudar, era um parto doloroso acordar cedo! A menininha adorava andar de pé no chão, pisar na lama quando chovia, jogar queimado com a molecada, trepar em árvores.

Moreninha, como a irmã, também foi para a cidade grande estudar, e pasmem vocês, num colégio de freiras! Sua Mãe acreditava que um dia a caçulinha chegaria a ser uma nota "DEZ", que tomaria gosto pelos estudos, como Lourinha, doce ilusão! A pequenininha aprontava, o que gostava mesmo era jogar vôlei no time do colégio: sacava forte e levantava como ninguém, para darem aquela cortada, e claro, marcar ponto já contando com a total vibração da torcida!!! Quanto aos namorados de Moreninha, eram muitos, sua Mãe guardava um caderno com os nomes dos rapazes. Adorava praia, de sol a sol se tostando bastante. Na sua turma, alegria e gaiatice deixavam por conta dela! 

Vejam quanta diferença entre duas irmãs: uma câmera lenta, outra super speed! Mesmo assim, foram sempre muito ligadas. Moreninha não falava nada sério, tudo em tom de brincadeira, Lourinha ficava sem saber no que acreditar e resmungava: "não dá pra falar sério pelo menos uma vez?" Lourinha continua achando sua irmãzinha muito genial, sempre morrendo de rir com suas tiradas engraçadas, fazendo galhofa de tudo e por tudo. Em contrapartida, Moreninha tem sua irmã como "aquela irmã", pro que der e vier - contida (um pouco demais), elegante, inteligente e culta que dá gosto - não poderia ser diferente, se não fosse a Lourinha! 

Muita gente chega a pensar que não são filhas do mesmo Pai. São sim, se não fossem, qual a graça de eu estar aqui contando a história do Era Uma Vez Duas Irmãs? Nenhuma!!! 

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PÁSCOA COM ASA DELTA
04/04/2018
Coelhos e ovos faziam aquele fuzuê, típico de um domingo de Páscoa. Almoços que começam cedo e não parecem ter fim, reforçando a Semana Santa. Feriadinho longo, como quase todos aqui no Brasil, sai de um, entra no outro logo ali, só não pode deixar a peteca cair, pega mal. Então trabalhar um pouquinho entre tantos, não mata ninguém, faz bem a saúde! 

Posso confessar que meu forte não é chocolate, mas o coelhinho foi mais que generoso comigo, me trouxe uma Asa Delta enviada por minha Madrinha Literária, aquela na qual eu seguro a saia para não me perder. Pois é, levei até um susto! Já era tarde, lá pelas dez e meia da noite, meu zap deu alerta, pensei ser algum retardatário me desejando Feliz Páscoa, qual nada! Era Madrinha dizendo o seguinte:¨Abri sua nova página. Pode ver lá no Blog a aba – Voo Solo¨. Fui correndo ver (estou numa super forma, se vocês querem saber, podem conferir!!!). Meu Deus, e ainda com uma baita introdução! Nenhuma carreta entupida de coelhos e ovos me faria mais feliz do que esta segunda aba! Aí descobri o porquê da Asa Delta: era para meu ¨Voo Solo¨, maravilha! 

Não pensem vocês que largarei a saia dela, jamais! Esta Asa Delta tem duas cadeirinhas, continuaremos (sempre) juntas e misturadas. Em nossos voos altos ou rasantes, observamos sempre os comentários que nos são feitos, esses sim são os ventos que nos movem na direção mais certa e perfeita. 

Fui me acostumando a escrever alguma coisa para não perder o fio da meada enquanto esperava os textos Na Primeira Pessoa. Este foi o motivo do super presente, desta nova aba. Saio do ninho para uma voltinha Solo e vou aprendendo, ficando mais forte, mas sem nunca perder o aconchego da Asa da Fada Madrinha.

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AS MULHERES DA FAMÍLIA
06/12/2017
Estou blogueira Na Primeira Pessoa. Quando não pego carona em idas e vindas pelos States, me vejo lendo as crônicas, e formato tudo novamente à minha maneira, não muito comportada!
Escrever, privilégio das mulheres da família, além da Blogueira, a Irmã nota 10, aquela que foi sempre brilhante nos estudos, e até já arquitetou um livro curioso, lembrando casos de um passado não muito distante.
Eu fico nos 50% da minha mana, como na dança dos bambus, passando raspando na escola, bem tipo ovelha negra da família! Meu maior trunfo era usar boia de braço, me salvando nas redações, conseguindo levantar a média geral, e passando, ufa!!!!
Hoje sem muito tempo, me alio à madrugada, passeio pelos cantos da imaginação transcrevendo amenidades interessantes. Papel e lápis na mão, um amuleto perfeito, descarrego assim todo o sentimento guardado, sem hora marcada, fluindo lentamente, redijo e pronto. Esta é a maior dádiva de escrever. Sem dúvida também é a melhor maneira de não desmerecer as mulheres da família!!!!!

8 comentários:

angela disse...

Já fiquei fã! Que bom, Gilda!

Unknown disse...

Também fiquei fã!

Unknown disse...

Adorei

Unknown disse...

Adorei

Unknown disse...

Sou sua prima-irmã e te conheço muito bem. Tudo que conta é verdade Nos aniversários amanhecia chorando e dormia idem . Parabéns? Palavra que não gostava de ouvir.Uma chorona
É continua sendo apesar de fingir. Beijos minha querida chororo. Parabéns sem choro....continue escrevendo suas deliciosas histórias!!!!!

Unknown disse...

Adorei Gilda. Estão cada dia melhores as suas histórias. Não deixe nunca de escrever e um dom maravilhoso. Bjs

Miguel Montenegro disse...

Gilda, adoro seus textos, mesmo uma situação difícil se torna leve quando escrita. E deliciosa de se ler. Parabéns.

Unknown disse...

Miguel, muito bom saber que você se delícia com meus texto! É super gratificante e me dá aquele "up"para escrever sempre mais, coisas bem divertidas!!! Obgda.